Pois é. Diversas vezes que me deparei com a tal pergunta. Em algumas respondi de primeira: o inverno. Mas lembro também de não ter hesitado em dizer: o verão, é óbvio!
Hoje, me limito a falar que não sei. Na verdade, acho que o verão não é uma estação. É um estado de espírito. Sim, um estado de espírito!! E hoje, ah, hoje, eu ‘tô é pro verão!’.
Estou para acordar cedo, me apressar para chegar à praia... e, chegando lá, quem sabe, voltar a dormir. É. À sombra de um guarda-sol ou uma folha de palmeira... tanto faz. Talvez quando acordar, corra até mar, sujo ou limpo, eu quero é aproveitar.
Quero dar risada, beber o que tenho vontade, sair com quem for sem ter hora pra chegar. Pegar o carro e acelerar... só para sentir o vento bom embaraçar os fios de cabelo. Cantar alto uma música qualquer, não ter medo de sorrir para quem quiser...
Também quero ficar em casa lendo uma boa biografia antiga ou relatos de um velho jornalista. Quero sentar no computador numa noite quente de céu estrelado e ficar escrevendo meia dúzia de idéias...
Mas, assim, o que vou contar para os meus netos? Ah. Penso nisso depois, quero mesmo é viver o agora... seja do jeito que for...
Para ser sincera, o que me atrai mesmo nos dias em que estou em verão é que o verão, por si só, é sinestésico. Capaz de deixar a gente fazer, pensar e sentir o que quiser. São nos dias de verão que consigo ver muito bem qual a cor do sabor, sentir o cheiro do som e ouvir o barulho que sai dos aromas.
No meu último dia em verão, se me lembro bem, apesar de bastante azedo, foi quase tudo azul. O tão esperado verde teve um gosto bem amargo. Mas, ao mesmo tempo, aquele jazz também foi verde e esse teve um sabor muito bom... por fim, lembro que o perfume usado foi o blues que eu ainda iria enxergar.
E isso não troco por nada. Mesmo que daqui a pouco acabe o verão, aquele verão da estação, não tem problema... No outono, na primavera ou até mesmo no inverno, sei que ainda vou viver muitos dias de verão. E é só o que eu quero.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Saio correndo mesmo, mas só se não cansar...
Mais um prazo chega ao fim. Hora de pensar em outra desculpa. Não tem problema, sou boa nisso. Deveria existir um concurso dos melhores pretextos inventados a si mesmo, cujo o público alvo é sempre atingido com sucesso. Eu já teria ganhado muitos carros e talvez já tivesse até casa própria...
Nesse caso, já me convenci que quando não trabalhava, não tinha dinheiro para tal. Quando comecei a trabalhar, o que não me sobrava era tempo. Então, prometi que só faria quando terminassem meus estudos. Ufa. Ganhei quatro anos. Mas estes se passaram tão depressa.
Desde então, as desculpas são reinventadas a cada semana. Logo, as amigas voltam a dizer para mim: quando a gente quer, não tem falta de tempo, nem de dinheiro. Ok. Eu não quero! Pronto, falei.
Nada me faz querer. Não há lógica. O que vai me fazer gostar de, diariamente, entrar em um aquário e servir de vitrine e distração para pessoas entediadas no trânsito congestionado de turistas afoitos por um raio de sol?
O que vai me fazer vestir roupas justíssimas e suar, suar, suar... e suar? Estar na esteira e quando estiver ‘pegando o jeito’ ter que ir para a bicicleta e depois para o abdominal... sem falar em todos aqueles outros aparelhos e exercicíos que não sei nem dizer o nome.
Não adianta. Odeio academia!! Já fui conhecer todas do bairro, mas admito que a recepcionista nunca mais viu meu rosto assustado e apreensivo da decisão que relutava em tomar. Lembro da vez que uma força estranha me fez retornar até um desses templos da beleza a longo prazo. Fui o primeiro dia... no seguinte, não subia escadas. Fui o segundo dia... pela tarde, nem os pés encostava no chão. Diz, dá para voltar o terceiro?
Mesmo assim, não desisto. 2008 é o ano das mudanças. Vai que essa está inclusa. Sei que um dia tomo coragem. Mas ainda tenho 10 meses para tal. Os estudos por hora acabaram, porém nem sei até quando vou estar trabalhando... se for para fazer tem que ser direito, não é mesmo?
E, também, quer saber? Não daria mesmo para eu me matricular amanhã. Já seria dia doze. Pagaria por quase duas semanas que nem usufrui. Sem chance. Isso! Acho que achei a desculpa ideal. Agora, só mês que vem!!!
Nesse caso, já me convenci que quando não trabalhava, não tinha dinheiro para tal. Quando comecei a trabalhar, o que não me sobrava era tempo. Então, prometi que só faria quando terminassem meus estudos. Ufa. Ganhei quatro anos. Mas estes se passaram tão depressa.
Desde então, as desculpas são reinventadas a cada semana. Logo, as amigas voltam a dizer para mim: quando a gente quer, não tem falta de tempo, nem de dinheiro. Ok. Eu não quero! Pronto, falei.
Nada me faz querer. Não há lógica. O que vai me fazer gostar de, diariamente, entrar em um aquário e servir de vitrine e distração para pessoas entediadas no trânsito congestionado de turistas afoitos por um raio de sol?
O que vai me fazer vestir roupas justíssimas e suar, suar, suar... e suar? Estar na esteira e quando estiver ‘pegando o jeito’ ter que ir para a bicicleta e depois para o abdominal... sem falar em todos aqueles outros aparelhos e exercicíos que não sei nem dizer o nome.
Não adianta. Odeio academia!! Já fui conhecer todas do bairro, mas admito que a recepcionista nunca mais viu meu rosto assustado e apreensivo da decisão que relutava em tomar. Lembro da vez que uma força estranha me fez retornar até um desses templos da beleza a longo prazo. Fui o primeiro dia... no seguinte, não subia escadas. Fui o segundo dia... pela tarde, nem os pés encostava no chão. Diz, dá para voltar o terceiro?
Mesmo assim, não desisto. 2008 é o ano das mudanças. Vai que essa está inclusa. Sei que um dia tomo coragem. Mas ainda tenho 10 meses para tal. Os estudos por hora acabaram, porém nem sei até quando vou estar trabalhando... se for para fazer tem que ser direito, não é mesmo?
E, também, quer saber? Não daria mesmo para eu me matricular amanhã. Já seria dia doze. Pagaria por quase duas semanas que nem usufrui. Sem chance. Isso! Acho que achei a desculpa ideal. Agora, só mês que vem!!!
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
É carnaval... Feliz 2008!!
Ouço o som da bateria. A rainha, seminua, já se exibe para a câmera. É, daqui a pouco o ano vai começar.
Começam também os pensamentos infundados. Ou melhor, retornam. Já se foram pouco mais de um mês e aquele misto de alegria e incertezas vivido na praia junto às taças de vinho, fogos e lágrimas insiste em permanecer. Meu Deus!
Nesse momento introspectivo me sinto mesmo natural desse país. Ainda aguardo o ano começar. Continuo a somente fazer planos e deixo-me levar pelos planos dos outros... para mim.
Mais uma olhada na tevê e já duvido das frases anteriores. Sou mesmo brasileira? Não é possível. É domingo de carnaval!! Talvez o primeiro de minha vida em condições de curtir a data. Bom, melhor pensar nisso só a partir de amanhã.
A transformista que há pouco criava polêmica no congresso nacional também está na avenida. Aliás, muito vestida. Momentos de curiosidade... ela deve ter feito de propósito!!
Os sons da cuíca e do agogô são responsáveis pela saudade. Bons tempos de viagens rotineiras sem a responsabilidade de voltar para casa. Consigo sentir até os pingos da chuva agradável da noite de sambódromo há não exatos três anos. Comigo, na arquibancada, pessoas especiais.
Outro sorriso. Lá estão as baianas. Se um dia o espírito de carnaval voltar a exercer controle sobre mim, é assim que entro na avenida. É muita alegria e muito anonimato debaixo daquela enorme saia. Não precisaria nem ter a preocupação – e a disposição – de freqüentar a academia.
Já o mestre-sala e porta-bandeira não geram nenhuma animação ao meu coração duvidosamente carnavalesco. Entretanto, mais uma vez, são responsáveis pelo retorno à memória de uma outra fase boa que terminou.
Uma professora esquisita, colegas de classe ainda desconhecidos... volto aos primeiros dias de aula do curso que acabei de deixar com muito choro. A aula era de cultura brasileira e a história do carnaval me fazia ter a certeza de que tinha escolhido a melhor faculdade – eu ainda não sabia da carga horária e do piso salarial.
Não é que tudo isso que passa pelos 700 metros de avenida faz sentido? A história dos escravos, a bandeira das fazendas, o sofrimento enganado pela alegria... Por que os telejornais não explicam isso para a população desinformada? Ok. Boa sugestão de pauta para o carnaval 2009.
Agora, os apresentadores enrolam e chamam entrevista com a ‘atriz e modelo’ das 41 cirurgias plásticas. Com a exclusividade que a entrevistada insiste em enfatizar, a própria mostra seus olhos agora puxados.
Pois é. Outra escola se prepara para entrar na avenida e já é segunda-feira. Hora de começar a curtir meu retorno ao carnaval... e o ano que vai começar. Feliz 2008!!
Começam também os pensamentos infundados. Ou melhor, retornam. Já se foram pouco mais de um mês e aquele misto de alegria e incertezas vivido na praia junto às taças de vinho, fogos e lágrimas insiste em permanecer. Meu Deus!
Nesse momento introspectivo me sinto mesmo natural desse país. Ainda aguardo o ano começar. Continuo a somente fazer planos e deixo-me levar pelos planos dos outros... para mim.
Mais uma olhada na tevê e já duvido das frases anteriores. Sou mesmo brasileira? Não é possível. É domingo de carnaval!! Talvez o primeiro de minha vida em condições de curtir a data. Bom, melhor pensar nisso só a partir de amanhã.
A transformista que há pouco criava polêmica no congresso nacional também está na avenida. Aliás, muito vestida. Momentos de curiosidade... ela deve ter feito de propósito!!
Os sons da cuíca e do agogô são responsáveis pela saudade. Bons tempos de viagens rotineiras sem a responsabilidade de voltar para casa. Consigo sentir até os pingos da chuva agradável da noite de sambódromo há não exatos três anos. Comigo, na arquibancada, pessoas especiais.
Outro sorriso. Lá estão as baianas. Se um dia o espírito de carnaval voltar a exercer controle sobre mim, é assim que entro na avenida. É muita alegria e muito anonimato debaixo daquela enorme saia. Não precisaria nem ter a preocupação – e a disposição – de freqüentar a academia.
Já o mestre-sala e porta-bandeira não geram nenhuma animação ao meu coração duvidosamente carnavalesco. Entretanto, mais uma vez, são responsáveis pelo retorno à memória de uma outra fase boa que terminou.
Uma professora esquisita, colegas de classe ainda desconhecidos... volto aos primeiros dias de aula do curso que acabei de deixar com muito choro. A aula era de cultura brasileira e a história do carnaval me fazia ter a certeza de que tinha escolhido a melhor faculdade – eu ainda não sabia da carga horária e do piso salarial.
Não é que tudo isso que passa pelos 700 metros de avenida faz sentido? A história dos escravos, a bandeira das fazendas, o sofrimento enganado pela alegria... Por que os telejornais não explicam isso para a população desinformada? Ok. Boa sugestão de pauta para o carnaval 2009.
Agora, os apresentadores enrolam e chamam entrevista com a ‘atriz e modelo’ das 41 cirurgias plásticas. Com a exclusividade que a entrevistada insiste em enfatizar, a própria mostra seus olhos agora puxados.
Pois é. Outra escola se prepara para entrar na avenida e já é segunda-feira. Hora de começar a curtir meu retorno ao carnaval... e o ano que vai começar. Feliz 2008!!
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